lunes, 29 de febrero de 2016

Mapa das Aparições Marianas desde 1531 d.C. até hoje

Mapa das Aparições Marianas
desde 1531 d.C. até hoje.


Fonte: National Geographic, Dezembro 2015.
Clickar na imagem para vê-la com melhor resolução.




O papel especial de Maria nos Últimos Tempos...

No gráfico que nos é apresentado debaixo do mapa, que compreende o número de aparições de Nossa Senhora entre os anos 1531 e 2015, resulta evidente a excepcional acção de Maria Santíssima durante o século XX. É a prova gráfica daquelas palavras de São Luís Maria Grignon de Montfort, nos nos 49-54 do “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”, nos quais fala do “papel especial de Maria nos últimos tempos” (podem ver-se aqui:
Nestas manifestações extraordinárias da Mãe de Deus, nas quais se dirige à Igreja do Seu Filho —da qual Maria é também Mãe—, Ela tem dirigido à humanidade o incessante apelo à conversão e a súplica contínua de que os homens deixem de ofender a Deus e O passem a amar como Seu Criador e Salvador.
Nossa Senhora tem chamado os homens para voltar ao seio da Igreja, a qual brotou do costado de Jesus Cristo aberto na cruz para nos redimir da escravidão de Satanás e dos nossos pecados. Maria fala dos tesouros que a Igreja tem: são os Sacramentos, por meio dos quais chega até nós a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo; e insiste principalmente em que recorramos ao Sacramento da Confissão, onde recebemos o perdão dos nossos pecados —se verdadeiramente arrependidos e com verdadeiro propósito de emenda—, e ao Sacramento da Eucaristia, onde recebemos não só a graça de Cristo, mas a Cristo mesmo, presente em Corpo, Sangue, Alma e Divindade nas espécies eucarísticas (no “pão” e no “vinho”).
Nossa Senhora, nas suas aparições, mantém sempre este registo doutrinal e catequético, o qual não é mais que um recordar amoroso e preocupado da amabilíssima Mãe de Deus daquelas verdades que o Seu Filho adorável nos revelou e que foram postas por escrito pelos Apóstolos nos Santos Evangelhos, e que a Igreja sempre ensinou.


... que guia a Igreja do Seu Filho durante a
Grande Tribulação do “Fim do Tempo”...

Por outro lado, nos últimos 150 anos, Maria Santíssima tem insistido de uma maneira especialíssima e fora do comum naquela parte (certamente mais esquecida) da Divina Revelação que é a apocalíptica ou, como lhe chamam os teólogos e os doutores, a escatologia. A escatologia é o ramo da teologia que estuda aquelas verdades da Fé que se referem ao fim da historia e à vitória definitiva de Jesus Cristo sobre o mal, aquando da Sua Última Vinda, na qual julgará os vivos e os mortos e instaurará o Seu Reino eterno: serão os novos céus e a nova terra; terá lugar a ressurreição da carne e dará aos salvados o dom da vida eterna.
A este respeito mencionamos algumas Aparições marianas com singular relevância. Podemos considerar como emblemática a Aparição de La Salette (França, 1846), na qual Nossa Senhora fala à humanidade por meio dos pequenos pastores Melanie Calvat e Maximin Giraud. Ali, Maria começa (para não mais parar) a falar sobre os acontecimentos que devem ter lugar no “fim do tempo” (o tempo que precede a Vinda de Nosso Senhor), explicando em definitiva aquelas verdades que nos foram reveladas pela própria boca de Nosso Senhor, e escritas no santo Evangelho, bem como no Apocalipse de São João.
Dignas de menção são também várias revelações, que precedem o ano de 1846, a vários místicos (beatificados ou canonizados), entre eles a Beata Elisabetta Canori Mora (Itália, 1774-1825) e a Beata Ana Catarina Emmerich (Alemanha, 1774-1824), ambas beatificadas pelo Papa São João Paulo II, e por meio das quais Nosso Senhor Jesus Cristo falou à Igreja sobre os eventos que terão lugar no “fim do tempo”.
Em 1903, o Papa São Pio X, começando a ver a “grande apostasia” em acto (profetizada por São Paulo aos Tessalonicenses, como prelúdio da última vinda de Cristo), afirma, na primeira encíclica do seu papado, E supremis, haver razões suficientes para afirmar que estejam a começar os males anunciados para os últimos dias. Chega inclusivamente a perguntar-se se não caminhará já na Terra o “Filho da Perdição”, que é o nome que São Paulo (2 Tes 2,3) dá ao Anticristo.
Em 1917 Nossa Senhora aparece em Fátima a Jacinta, Francisco e Lúcia. Ali a Mãe de Deus adverte que se o homem não se converte, estalará uma guerra pior que a Primeira Guerra Mundial. O pedido de Nossa Senhora é ignorado, o homem cada vez se afasta mais de Deus e, 22 anos depois, começa o flagelo da Segunda Guerra Mundial. Nossa Senhora pediu ainda a Consagração da Rússia ao seu Imaculado Coração, com o fim de evitar a propagação dos erros da ideologia marxista ateia pelo mundo. É a mesma Nossa Senhora que mais tarde dirá à Irmã Lúcia que a consagração será feita, mas que será tarde demais[1]. A Virgem Maria anunciou ainda a punição da humanidade pelos seus muitos pecados por meio da fome e de perseguições à Igreja e ao Santo Padre.
Em 1973, Nossa Senhora apareceu no Japão, em Akita, à Irmã Agnes Sasagawa onde, em três brevíssimas mensagens, fala do terrível castigo que a ira de Deus Pai está a preparar para infligir à humanidade; um castigo maior que o dilúvio: “fogo cairá do céu e destruirá uma grande parte da humanidade”. A Virgem Maria adverte que “a obra do Diabo infiltrar-se-á até na Igreja” de tal modo que veremos “cardeais contra cardeais, bispos contra bispos”. Como em Fátima, Nossa Senhora, pede oração, penitência e sacrifícios generosos, para suavizar a ira do Pai.
Entre os anos 1973 e 1997 temos as locuções que o Pe. Stefano Gobbi recebeu de Maria Santíssima, onde Nossa Senhora continuou a desvelar o sentido enigmático de várias passagens do livro do Apocalipse e daquelas passagens que, ora na boca de Jesus, ora na boca dos Apóstolos São Pedro, São João e São Paulo, e estudadas ao longo dos séculos pelos Padres e Doutores da Igreja, permaneciam ainda baixo o véu do enigma. Assim, na sua última mensagem, no dia 31 de Dezembro de 1997, depois de 605 mensagens, Nossa Senhora afirma num tom solene: «Tudo vos foi revelado».
Em 1981, Nossa Senhora apareceu no Ruanda, na cidade de Kibeho, a três jovens de nome Alphonsine Mumureke, Nathalie Mukamazimpaka, e Marie Claire Mukangango. Mais uma vez Maria Santíssima descreve o mundo como em estado de “revolta contra Deus” e diz que “está à beira da catástrofe”. Nossa Senhora avisou que se a população do Ruanda não se convertesse um “rio de sangue” haveria de correr pela nação. Doze anos depois, teve lugar o terrível genocídio: 800.000 mortos durante os 100 dias do genocídio, e estima-se que 250.000 mulheres tenham sido violadas durante o mesmo período.
Foi também em 1981 que começaram as Aparições de Nossa Senhora em El Escorial (Madrid, Espanha), que viriam a terminar em 2002. Na mesma altura —ano de 1981— começaram ainda as aparições em Medjugorje (Bósnia e Herzegovina), que duram até hoje.


... até à Vitoria Final de Jesus Cristo.

Se Maria Santíssima, nestes últimos 150 anos, tem vindo a preparar a Igreja para o “fim do tempo”, ou seja, para a batalha final entre Satanás (e os seus sequazes) e Deus (e o seu povo santo), também é verdade que Ela nunca deixou de anunciar o resultado de dita batalha:
— La Salette, 1846: «Então a água e o fogo purificarão a Terra e consumirão todas as obras do orgulho dos homens, e tudo será renovado. Deus será servido e glorificado».
— Fátima, 13 de Julho de 1917: «Por fim o Meu Imaculado Coração triunfará».
— Akita, 1973: «Aqueles que põem a sua confiança em Mim serão salvos».
— P. Stefano Gobbi, 31 de Dezembro de 1997: «Por fim o meu Imaculado Coração triunfará. Isso acontecerá no maior triunfo de Jesus, que trará para o mundo o seu glorioso reino de amor, de justiça e de paz e fará novas todas as coisas. Abri os corações à esperança. Escancarai as portas a Cristo que vem a vós na glória. Vivei a trépida hora deste segundo Advento. Tornai-vos, assim, os corajosos anunciadores deste meu triunfo, porque vós, pequenas crianças consagradas a Mim, que viveis do meu próprio espírito, sois os Apóstolos destes últimos tempos. Vivei como fiéis discípulos de Jesus, no desprezo do mundo e de vós mesmos, na pobreza, na humildade, no silêncio, na oração, na mortificação, na caridade e na união com Deus; enquanto sois desconhecidos e desprezados pelo mundo».
— El Escorial, 5 de Setembro de 1987: «Por mim, minha filha, formou-se a Igreja na Terra. E por mim, minha filha, virá o Paraíso».







[1] Memórias da irmã Lúcia I, Secretariado dos Pastorinhos, Fátima–Portugal, pp.195-196.



lunes, 22 de febrero de 2016

Beata Ana Catarina Emmerich - "A Demolição da Igreja"

Beata Ana Catarina Emmerich
(1774-1824)


Beatificada por São João Paulo II, a 3 de Outubro de 2004


 
Ana Catarina Emmerich, no leito da dor, sofrendo a Paixão de Cristo




A Demolição da Igreja


«Vi pessoas da seita secreta minar sem descanso a grande Igreja». (AA[1].III.113)

«Próximo deles vi uma besta horrível que tinha surgido do mar. Tinha uma cauda como a de um peixe, garras como as de um leão, e varias cabeças que rodeavam como uma corona a cabeça mais grande. A sua boca era grande e vermelha. Estava manchada como um tigre e mostrava-se muito familiar com os demolidores. Deitava-se frequentemente com eles durante o seu trabalho: eles também iam varias vezes a encontrá-la na caverna onde se escondia frequentemente».

«Durante esse tempo, vi por um lado e por outro, no mundo inteiro, muitas pessoas boas e piedosas, sobretudo eclesiásticos, vexados, prisioneiros e oprimidos, e tive o sentimento de que eles chegariam a ser mártires um dia». (AA.III.113)

«Como a Igreja estava em grande parte demolida, não ficando em pé mais que o coro do altar, vi a estes demolidores penetrar na Igreja com a besta».

«Vi a Igreja de São Pedro e vi como uma enorme quantidade de homens trabalhava para invertê-la, mas vi aí também outros que faziam reparações. Cadeias de trabalho ocupadas neste duplo trabalho estendiam-se por todo o mundo e fiquei assombrada com a coordenação com a qual tudo se fazia. Os demolidores extraiam grandes fragmentos; eram particularmente sectários em grande numero e com eles os apóstatas. Estas pessoas que faziam o trabalho de destruição pareciam seguir certas prescrições e uma certa regra: levavam aventais brancos rodeados de uma cinta azul e com bolsos, e tinham pás de pedreiro na cintura. Eles tinham, além do mais, vestidos de todo o tipo: estavam entre eles homens distinguidos, altos e imponentes, com uniformes e cruzes, os quais, não obstante, não trabalhavam directamente na tarefa, mas marcavam nos muros, com a pá, os lugares que eram precisos demolir. Vi com horror que havia entre eles sacerdotes católicos». (AA.II.202)

«Toda a parte anterior da Igreja já estava destruída: só estava em pé o santuário com o Santíssimo Sacramento». (AA.II.203)

«Vi a Igreja de São Pedro: estava demolida, à excepção do coro e do altar maior». (AA.III.118)

«Tive de novo a visão da seita secreta que por todas as partes minava a Igreja de São Pedro. Trabalhavam com instrumentos de toda a espécie e corriam por aqui e por ali, levando as pedras que tinham arrancado. Foram obrigados a deixar o altar, porque não puderam tirá-lo. Vi profanar e retirar uma imagem de Maria.». (AA.III.556)

«Eu lamentava-me ao Papa e perguntava-lhe como é que ele podia tolerar que houvesse tantos sacerdotes entre os demolidores. [...] Nesta ocasião vi porque é que a Igreja foi fundada em Roma; é porque aí está o centro do mundo e porque todos os povos se vinculam com ela por diferentes razões. Vi também que Roma permanecerá em pé como uma ilha, como uma rocha no meio do mar, quanto tudo ao redor dela cairá em ruínas».

«Quando vi os demolidores fiquei espantada pela sua grande habilidade. Tinham todo o tipo de máquinas: tudo se fazia segundo um plano: nada era casual. Não faziam ruído; prestavam atenção a tudo; recorriam a todo o tipo de artimanhas, e as pedras pareciam desaparecer frequentemente das suas mãos. Alguns de entre eles construíam: destruíam o que era santo e grande, e o que edificavam não era mais que vazio, oco, supérfluo. Levavam as pedras do altar e faziam com elas uma escadaria à entrada». (AA.III.556)









[1] K. E. Schmoeger, Vie d’anne-Catherine Emerich, 3 vols., Tequi, 1950.




domingo, 14 de febrero de 2016

Nossa Senhora ao Pe. Gobbi: "O fim dos tempos e os sinais que precedem a vinda do meu Filho" (31.Dez.1992)


Mensagens de Nossa Senhora
aos Sacerdotes, Seus filhos predilectos,
através do Pe. Stefano Gobbi
(1973-1997)


Imprimatur do Cardeal Bernardino Echeverría Ruiz, Arcebispo de Guayaquil.
Imprimatur do Arcebispo Metropolitano de Pescara – Penne, D. Francesco Cuccarese.
Imprimatur do Cardeal Ignace Moussa Daoud, Patriarca emérito de Antioquia
dos Sírios, e Perfeito da Congregação para as Igrejas Orientais.







O “fim dos tempos”: Nossa Senhora explica os sinais
que precedem a vinda de Nosso Senhor, descritos na Bíblia,
e como se estão a realizar nos nosso dias.
Comentário do P. Duarte Sousa Lara



Rubbio (Itália), 31 de Dezembro de 1992,
Última noite do ano.


«Deixai-vos educar docilmente por Mim, filhos predilectos.
Nesta última noite do ano, recolhei-vos em oração e na escuta da palavra da vossa Mãe Celeste, Profetisa destes últimos tempos.
Não passeis estas horas no barulho e na dissipação, mas no silêncio, no recolhimento, na contemplação.
Já vos anunciei várias vezes que se aproxima o fim dos tempos e a vinda de Jesus na glória. Quero agora ajudar-vos a compreender os sinais descritos na Sagrada Escritura, que indicam já estar próximo o seu glorioso retorno.
Estes sinais são claramente indicados nos Evangelhos, nas Cartas de S. Pedro e de S. Paulo e estão a realizar-se nestes anos.

O primeiro sinal é a difusão dos erros, que levam à perda da fé e à apostasía.
Estes erros são difundidos por falsos mestres, por célebres teólogos que já não ensinam a verdade do Evangelho, mas sim perniciosas heresias, baseadas em raciocínios humanos e errados.
É por causa do ensino dos erros que se perde a verdadeira fé e se difunde por toda a parte a grande apostasía.
“Tomai cuidado para que ninguém vos engane. Porque virão muitos e hão-de enganar muita gente. Surgirão falsos profetas que hão-de enganar a muitos” (cf. Mt 24,4-5.11).
“O Dia do Senhor não virá sem que primeiro venha a grande apostasía” (cf. 2Tes 2,3).
“Surgirão entre vós falsos mestres. Estes tentarão difundir heresias perniciosas e voltar-se até contra o Senhor que os salvou. Muitos os ouvirão e levarão, como eles, uma vida imoral e, por sua culpa, a fé cristã será desprezada. Movidos pela cobiça, hão-de enganar-vos com raciocínios erróneos” (cf. 2Pe 2,1-3).

O segundo sinal é o rebentar de guerras e de lutas fratricidas, que levam ao predomínio da violência e do ódio e a um resfriamento geral da caridade, ao mesmo tempo que se hão-se tornar cada vez mais frequentes as catástrofes naturais, como epidemias, fomes, inundações e terramotos.
“Quando ouvirdes falar de guerras e de rumores de guerras, não vos assusteis: é necessário que isto aconteça. Há-de erguer-se povo contra povo e reino contra reino, e haverá fomes e terramotos em diversas regiões. Tudo isto será apenas o início de sofrimentos maiores. O mal estará tão difundido que o amor se resfriará em muitos. Mas Deus salvará aquele que perseverar até ao fim” (cf. Mt 24,6-13).

O terceiro sinal é a sangrenta perseguição daqueles que se mantêm fiéis a Jesus e ao seu Evangelho e permanecem firmes na verdadeira fé. Entretanto o Evangelho será pregado por toda a parte do mundo.
Pensai, filhos predilectos, nas grandes perseguições que sofre a Igreja e no zelo apostólico dos últimos Papas, sobretudo o meu Papa João Paulo II, em levar a todas as nações da terra o anúncio do Evangelho.
“Sereis presos, perseguidos e mortos. Sereis odiados por minha causa. Então, muitos abandonarão a fé, odiar-se-ão e atraiçoar-se-ão uns aos outros. Entretanto a mensagem do Reino de Deus será proclamada em todo o mundo; todos os povos deverão ouvi-la. E então virá o fim [da idade]” (cf. Mt 24,9-10.14).

O quarto sinal é o horrível sacrilégio cometido por aquele que se opõe a Cristo, isto é, pelo anticristo. Entrará no Templo santo de Deus e sentar-se-á, no seu trono, fazendo-se adorar ele mesmo como Deus.
“Levantar-se-á contra tudo aquilo que os homens adoram e que leva o nome de Deus. O homem iníquo virá com o poder de Satanás, com toda a força de falsos milagres e falsos prodígios. Usará de toda a espécie de engano maligno para fazer o mal” (cf. 2Tes 2,4-9).
“Vereis um dia no lugar santo aquele que comete o horrível sacrilégio de que falou o profeta Daniel. Quem lê procure compreender” (cf. Mt 24,15).
Filhos predilectos, para compreenderdes em que consiste este horrível sacrilégio, lede o que é predito pelo profeta Daniel:
“Vai, Daniel, estas palavras estão escondidas e seladas até ao tempo do fim. Muitos serão purificados, tornar-se-ão cândidos e íntegros, mas os ímpios continuarão a agir impiamente. Nenhum dos ímpios entenderá estas coisas, mas os sábios compreendê-lo-ão. Ora, desde o tempo em que for abolido o sacrifício quotidiano e se instalar a abominação da desolação, haverá mil duzentos e noventa dias. Bem-aventurado aquele que esperar com paciência e chegar aos mil trezentos e trinta e cinco dias” (cf. Dn 12,9-12).
A Santa Missa é o sacrifício quotidiano, a oblação pura que é oferecida ao Senhor em toda a parte, desde o nascer ao pôr-do-sol.
O Sacrifício da Missa renova o Sacrifício consumado por Jesus no Calvário. Acolhendo a doutrina protestante, dir-se-á que a Missa não é um Sacrifício, mas apenas a Santa Ceia, isto é, a recordação daquilo que Jesus fez na sua Última Ceia. E assim será suprimida a celebração da Santa Missa. É nesta abolição do Sacrifício quotidiano que consiste o horrível sacrilégio realizado pelo anticristo, cuja duração será de cerca de três anos e meio, isto é, de mil duzentos e noventa dias.

O quinto sinal é constituído por fenómenos extraordinários que aparecem no firmamento do céu.
“O sol escurecer-se-á, e a lua perderá a sua luz, as estrelas cairão do céu e as potências do céu serão abaladas” (cf. Mt 24,29).
O milagre do céu ocorrido em Fátima, durante a minha última aparição, pretende indicar-vos que já entrastes nos tempos em que se hão-de cumprir estes acontecimentos que vos preparam para o retorno de Jesus na glória.
“Então ver-se-á no céu o sinal do Filho do Homem. Todos os povos da terra chorarão e os homens verão o Filho do Homem vir sobre as nuvens do céu com grande poder e glória” (cf. Mt 24,30).

Meus predilectos e filhos consagrados ao meu Coração Imaculado, quis esclarecer-vos sobre estes sinais que Jesus vos indicou no Evangelho, para vos preparar para o fim dos tempos, porque eles estão a realizar-se nos vossos dias.
O ano que se encerra e aquele que se abre fazem parte do tempo da grande tribulação durante a qual se difunde a apostasía, se multiplicam as guerras, sucedem em muitos lugares catástrofes naturais, se intensificam as perseguições, o anúncio do Evangelho é levado a todos os povos, fenómenos extraordinários acontecem no céu e se aproxima cada vez mais o momento da plena manifestação do Anticristo.
Convido-os então  a  permanecerdes fortes na fé, firmes na esperança e ardentes na caridade.
Deixai-vos levar por Mim e recolhei-vos todos no refúgio seguro do meu Coração Imaculado, que Eu vos prepararei precisamente para estes últimos tempos.
Lede comigo os sinais do vosso tempo e vivei na paz do coração e na confiança. Eu estou sempre convosco, para vos dizer que a realização destes sinais vos indica com certeza que está próximo o fim dos tempos, com o retorno de Jesus na glória.
“Aprendei esta parábola tirada da figueira: quando os seus ramos estão tenros e despontam as primeiras folhas, compreendeis que está próximo o Verão. Do mesmo modo, quando virdes acontecer estas coisas, sabei que a vossa libertação está próxima” (cf. Mt 24, 32-33).





Comentário do P. Duarte Sousa Lara a esta
mensagem de Nossa Senhora aos Sacerdotes, seus filhos predilectos.




  

A Autoridade Eclesiástica respeito das mensagens
de Nossa Senhora ao P. Stefano Gobbi

Ver a primeira publicação sobre as Mensagens de Nossa Senhora ao P. Gobbi, aqui nos “Apelos de Nossa Senhora”.






domingo, 7 de febrero de 2016

Aparições de Nossa Senhora do bom sucesso (Quito, Equador, 1594-1634) - Profecías sobre o trágico século XX


Aparições de Nossa Senhora do Bom Sucesso
à Madre Mariana Torres
 (Quito, Equador, 1594-1634)


Com aprovação eclesiástica do Bispo diocesano
(cf. final do artigo)


Imagem de Nossa Senhora do bom sucesso na Igreja do Real Convento da Imaculada Conceição, em Quito.



Profecias sobre o trágico século XX    


Quarta aparição de Nossa Senhora do bom sucesso à Madre Mariana de Jesus Torres
(20 de Janeiro de 1610)[1]


Uma grande crise durará até pouco mais da metade do século XX
«Porque te faço saber que, do término do século XIX até um pouco mais da metade do século XX, na hoje colónia e então República do Equador, extravasarão as paixões e haverá uma total corrupção de costumes por reinar Satanás nas seitas maçónicas, a qual visará principalmente a infância, a fim de manter com isto a corrupção geral.
Ai dos meninos deste tempo! Dificilmente receberão o sacramento do baptismo, nem o da confirmação. O sacramento da confissão, só enquanto permanecerem nas escolas católicas, que o Diabo porá todo empenho em destruir, valendo-se de pessoas autorizadas. O mesmo sucederá com a sagrada Comunhão.
Mas, ai! Quanto sinto ao te manifestar que haverá muitos e enormes sacrilégios, públicos e também ocultos, de profanações à sagrada Eucaristia! Muitas vezes, nessa época, os inimigos de Jesus Cristo, instigados pelo demónio, roubarão nas cidades as hóstias consagradas, com o único fim de profanar as eucarísticas espécies! Meu Filho santíssimo se verá jogado ao chão e pisado por pés imundos. […]
Quanto ao sacramento do matrimónio, que simboliza a união de Cristo com a Igreja, será atacado e profanado em toda a extensão da palavra. A maçonaria, que então reinará imporá leis iníquas com o objectivo de extinguir esse sacramento, facilitando a todos o viverem mal, propagando-se a geração de filhos malnascidos, sem a bênção da Igreja. Irá decaindo rapidamente o espírito cristão, apagar-se-á a luz preciosa da fé até chegar a uma quase total e geral corrupção de costumes. Acrescidos ainda os efeitos da educação laica, isto será motivo para escassearem as vocações sacerdotais e religiosas. O sagrado sacramento da ordem sacerdotal será ridicularizado, oprimido e desprezado, porque neste sacramento se oprime e conspurca a Igreja de Deus, e a Deus mesmo, representado em seus sacerdotes. O demónio procurará perseguir os ministros do Senhor de todos os modos, e trabalhará com cruel e subtil astúcia para desviá-los do espírito de sua vocação, corrompendo a muitos deles. Estes, que assim escandalizarão o povo cristão, farão recair sobre todos os sacerdotes o ódio dos maus cristãos e dos inimigos da Igreja católica apostólica romana. Com este aparente triunfo de Satanás, atrairão sofrimentos enormes aos bons pastores da Igreja, e à excelente maioria de bons sacerdotes e ao Pastor supremo e Vigário de Cristo na terra, que, prisioneiro no Vaticano, derramará secretas e amargas lágrimas na presença de seu Deus e Senhor, pedindo luz, santidade e perfeição para todo o clero do universo, do qual é rei e pai.
Ademais, nesses infelizes tempos haverá um luxo desenfreado que, por ser laço de pecado para os demais, conquistará inúmeras almas frívolas e as perderá. Quase não se encontrará inocência nas crianças, nem pudor nas mulheres, e, nessa suprema necessidade da Igreja, calar-se-á aquele a quem competia a tempo falar.»




Aparição de Nossa Senhora do bom sucesso a 2 de Fevereiro de 1634


A lamparina que se apaga
Pronunciadas estas palavras, viu a lamparina que ardia diante de Jesus sacramentado, apagar-se, ficando o altar-mor inteiramente às escuras. Madre Mariana quis levantar-se, deixando a oração, para acender uma vela que substituísse a lamparina. Mas não pôde: estava completamente sem sentidos.


Primeiro significado: a propagação de heresias nos séculos XIX e XX
«A lamparina que arde diante do altar e que viste apagar-se, possui muitos significados.
O primeiro é que no fim do século XIX, avançando por grande parte do século XX, várias heresias se propagarão nestas terras, então, República livre. E com o domínio delas, apagar-se-á nas almas a luz preciosa da fé, pela quase total corrupção dos costumes. Nesse período haverá grandes calamidades físicas e morais, públicas e privadas.
O pequeno número de almas que conservará oculto o tesouro da fé e das virtudes sofrerá um cruel, indizível e prolongado martírio. Muitas delas descerão ao túmulo pela violência do sofrimento e serão contadas como mártires que se sacrificaram pela Igreja e pela Pátria.
Para a libertação da escravidão destas heresias, aqueles a quem o amor misericordioso de meu Filho santíssimo destinará para esta restauração, necessitarão de grande força de vontade, constância, valor e muita confiança em Deus. Para por à prova esta fé e confiança dos justos, haverá ocasiões em que tudo parecerá perdido e paralisado. Será, então, o feliz princípio da restauração completa.» [...]


Terceiro significado: a sensualidade que varrerá o mundo.
«O terceiro motivo pelo qual se apagou a lamparina é porque nesses tempos estará a atmosfera saturada do espírito de impureza, que a maneira de um mar imundo correrá pelas ruas, praças e logradouros públicos com uma liberdade assombrosa.
Quase não haverá almas virgens no mundo. A delicada flor da virgindade, tímida e ameaçada de completa destruição, luzirá longe. Refugiando-se nos claustros, encontrará terreno adequado para crescer, desenvolver-se e viver sendo seu aroma o encanto de meu filho santíssimo e o pára-raios da ira divina. Sem a virgindade seria preciso, para purificar estas terras, que chovesse fogo do céu.
O invejoso e pestífero demónio intentará, em sua maliciosa soberba, introduzir-se nestes jardins fechados dos claustros religiosos para fazer murchar esta formosa e delicada flor. Mas eu o enfrentarei e esmagarei sua cabeça sob meus pés.
Mas, ai dor! Haverá almas incautas que, voluntariamente, se entregarão às suas garras. E outras, voltando para o mundo, serão instrumentos do Diabo para perder as almas.»


Quarto significado: a corrupção da inocência infantil.
O quarto motivo da lamparina ter-se apagado é que a seita, havendo-se apoderado de todas as classes sociais, possuirá tanta subtileza para introduzir-se nos ambientes domésticos que perderá as crianças e o demónio se gloriará de alimentar com o requintado manjar dos corações dos meninos.
Nesses tempos infaustos mal se encontrará a inocência infantil. Desta forma perder-se-ão as vocações para o sacerdócio, e será uma verdadeira calamidade.
Restarão as comunidades religiosas para sustentar a Igreja e trabalhar com valoroso, desinteressado empenho na salvação das almas. Porque nesse período a observância da regra resplandecerá nas comunidades, haverá santos ministros do altar, almas ocultas e belas, nas quais meu Filho santíssimo e eu nos deleitaremos, considerando as excelentes flores e frutos da santidade heróica. Contra eles a impiedade fará dura guerra, cumulando-os de vitupérios, calúnias e vexações, para impedir-lhes o cumprimento do ministério. Mas eles, como firmíssimas colunas, permanecerão inabaláveis e enfrentarão a tudo com esse espírito de humildade e sacrifício com que serão revestidos, em virtude dos méritos infinitos de meu filho santíssimo, que os ama como as fibras mais delicadas de seu santíssimo e terníssimo coração.»


A crise no clero
«No clero secular haverá, nessa época, muito que desejar, porque os sacerdotes se descuidarão do seu sagrado dever. Perdendo a bússola divina, desviar-se-ão do caminho traçado por Deus para o ministério sacerdotal e apegar-se-ão ao dinheiro, em cuja obtenção porão demasiado empenho.
E como esta Igreja padecerá nessa ocasião a noite escura da falta de um prelado e pai, que vele com amor paterno, com suavidade, fortaleza, tino e prudência, muitos sacerdotes perderão seu espírito, pondo em grande perigo suas almas.
Em sua mão será posta a balança do santuário.
Ora com instância, clama sem cansar-te e chora com lágrimas amargas no segredo de teu coração, pedindo a nosso Pai celeste que, por amor ao coração eucarístico de meu santíssimo Filho, pelo preciosíssimo sangue vertido com tanta generosidade e pelas profundas amarguras e dores de sua acerba paixão e morte, ele se compadeça de seus ministros e ponha termo quanto antes a tempos tão nefastos, enviando a esta Igreja o prelado que deverá restaurar o espírito de seus sacerdotes.
A esse filho meu muito querido, amamos meu Filho santíssimo e eu com amor de predilecção, pois o dotaremos de uma capacidade rara, de humildade de coração, de docilidade às divinas inspirações, de fortaleza para defender os direitos da Igreja e de um coração terno e compassivo, para que, qual outro Cristo, assista o grande e o pequeno, sem desprezar ao mais desafortunado que lhe peça luz e conselho em suas dúvidas e amarguras. E para que, com suavidade divina, guie as almas consagradas ao serviço de Deus nos claustros, sem tornar-lhes pesado o jugo do Senhor, que disse: “Meu jugo é suave e meu peso é leve”.
Em sua mão será posta a balança do santuário para que tudo se faça com peso e medida e Deus seja glorificado.
Para evitar que venha logo este prelado e pai, concorrerá a tibieza de todas as almas consagradas a Deus, no estado sacerdotal e religioso. Esta, aliás, será a causa de o maldito Satanás apoderar-se destas terras, onde ele tudo obterá por meio de gente estrangeira e sem fé, tão numerosa que, como uma nuvem negra, toldará o límpido céu da então República consagrada ao sacratíssimo Coração de meu divino Filho.
Com essa gente entrarão todos os vícios, que atrairão, por sua vez, toda sorte de castigos, como a peste, a fome, disputas internas e com outras nações e a apostasía, causa da perdição de um considerável número de almas, almas tão caras a Jesus Cristo e a mim.
Para dissipar esta nuvem negra, que impede a Igreja de gozar o claro dia da liberdade, haverá uma guerra formidável e espantosa, na qual correrá sangue de nacionais e de estrangeiros, de sacerdotes seculares e regulares e também de religiosas. Esta noite será horrorosíssima, porque, humanamente, o mal parecerá triunfante.
Será chegada, então, a minha hora em que eu, de forma maravilhosa, destronarei o soberbo e maldito Satanás, calcando-o debaixo dos meus pés e acorrentando-o no abismo infernal. Assim a Igreja e a Pátria estarão, por fim, livres de sua cruel tirania.»




A Autoridade eclesiástica respeito das Aparições de Nossa Senhora do Bom Sucesso

O Bispo de Quito, D. Salvador de Ribera, atestou em documentos oficiais a milagrosa finalização da estátua de Nossa Senhora, por São Francisco de Assis e os Três Arcanjos, São Miguel, São Gabriel e São Rafael, e presidiu a unção e a solene consagração da estátua na Igreja do Real Convento da Imaculada Conceição, no dia 2 de Fevereiro de 1611.
A devoção e as aparições foram também autorizadas e promovidas pelo seguinte Bispo de Quito, D. Pedro de Oviedo, que governou a diocese entre 1630 a 1646.
A oração a Nossa Senhora do Bom Sucesso recebeu o imprimatur do Bispo de Quito em 1941, como uma aprovação parcial. A Festa de Nossa Senhora do Bom Sucesso é celebrada dia 2 de Fevereiro, Festa da Purificação de Nossa Senhora.








[1] As mensagens estão retiradas da obra: Vida admirável da Rev.da Madre Mariana de Jesus Torres mística confidente de Nossa Senhora do Bom Sucesso, escrita pelo Rev.do Padre Manuel Sousa Pereira da Ordem Seráfica dos Menores do Convento Máximo de S. Francisco de Assis de Quito, Equador.