lunes, 22 de febrero de 2016

Beata Ana Catarina Emmerich - "A Demolição da Igreja"

Beata Ana Catarina Emmerich
(1774-1824)


Beatificada por São João Paulo II, a 3 de Outubro de 2004


 
Ana Catarina Emmerich, no leito da dor, sofrendo a Paixão de Cristo




A Demolição da Igreja


«Vi pessoas da seita secreta minar sem descanso a grande Igreja». (AA[1].III.113)

«Próximo deles vi uma besta horrível que tinha surgido do mar. Tinha uma cauda como a de um peixe, garras como as de um leão, e varias cabeças que rodeavam como uma corona a cabeça mais grande. A sua boca era grande e vermelha. Estava manchada como um tigre e mostrava-se muito familiar com os demolidores. Deitava-se frequentemente com eles durante o seu trabalho: eles também iam varias vezes a encontrá-la na caverna onde se escondia frequentemente».

«Durante esse tempo, vi por um lado e por outro, no mundo inteiro, muitas pessoas boas e piedosas, sobretudo eclesiásticos, vexados, prisioneiros e oprimidos, e tive o sentimento de que eles chegariam a ser mártires um dia». (AA.III.113)

«Como a Igreja estava em grande parte demolida, não ficando em pé mais que o coro do altar, vi a estes demolidores penetrar na Igreja com a besta».

«Vi a Igreja de São Pedro e vi como uma enorme quantidade de homens trabalhava para invertê-la, mas vi aí também outros que faziam reparações. Cadeias de trabalho ocupadas neste duplo trabalho estendiam-se por todo o mundo e fiquei assombrada com a coordenação com a qual tudo se fazia. Os demolidores extraiam grandes fragmentos; eram particularmente sectários em grande numero e com eles os apóstatas. Estas pessoas que faziam o trabalho de destruição pareciam seguir certas prescrições e uma certa regra: levavam aventais brancos rodeados de uma cinta azul e com bolsos, e tinham pás de pedreiro na cintura. Eles tinham, além do mais, vestidos de todo o tipo: estavam entre eles homens distinguidos, altos e imponentes, com uniformes e cruzes, os quais, não obstante, não trabalhavam directamente na tarefa, mas marcavam nos muros, com a pá, os lugares que eram precisos demolir. Vi com horror que havia entre eles sacerdotes católicos». (AA.II.202)

«Toda a parte anterior da Igreja já estava destruída: só estava em pé o santuário com o Santíssimo Sacramento». (AA.II.203)

«Vi a Igreja de São Pedro: estava demolida, à excepção do coro e do altar maior». (AA.III.118)

«Tive de novo a visão da seita secreta que por todas as partes minava a Igreja de São Pedro. Trabalhavam com instrumentos de toda a espécie e corriam por aqui e por ali, levando as pedras que tinham arrancado. Foram obrigados a deixar o altar, porque não puderam tirá-lo. Vi profanar e retirar uma imagem de Maria.». (AA.III.556)

«Eu lamentava-me ao Papa e perguntava-lhe como é que ele podia tolerar que houvesse tantos sacerdotes entre os demolidores. [...] Nesta ocasião vi porque é que a Igreja foi fundada em Roma; é porque aí está o centro do mundo e porque todos os povos se vinculam com ela por diferentes razões. Vi também que Roma permanecerá em pé como uma ilha, como uma rocha no meio do mar, quanto tudo ao redor dela cairá em ruínas».

«Quando vi os demolidores fiquei espantada pela sua grande habilidade. Tinham todo o tipo de máquinas: tudo se fazia segundo um plano: nada era casual. Não faziam ruído; prestavam atenção a tudo; recorriam a todo o tipo de artimanhas, e as pedras pareciam desaparecer frequentemente das suas mãos. Alguns de entre eles construíam: destruíam o que era santo e grande, e o que edificavam não era mais que vazio, oco, supérfluo. Levavam as pedras do altar e faziam com elas uma escadaria à entrada». (AA.III.556)









[1] K. E. Schmoeger, Vie d’anne-Catherine Emerich, 3 vols., Tequi, 1950.




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