lunes, 29 de febrero de 2016

Mapa das Aparições Marianas desde 1531 d.C. até hoje

Mapa das Aparições Marianas
desde 1531 d.C. até hoje.


Fonte: National Geographic, Dezembro 2015.
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O papel especial de Maria nos Últimos Tempos...

No gráfico que nos é apresentado debaixo do mapa, que compreende o número de aparições de Nossa Senhora entre os anos 1531 e 2015, resulta evidente a excepcional acção de Maria Santíssima durante o século XX. É a prova gráfica daquelas palavras de São Luís Maria Grignon de Montfort, nos nos 49-54 do “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”, nos quais fala do “papel especial de Maria nos últimos tempos” (podem ver-se aqui:
Nestas manifestações extraordinárias da Mãe de Deus, nas quais se dirige à Igreja do Seu Filho —da qual Maria é também Mãe—, Ela tem dirigido à humanidade o incessante apelo à conversão e a súplica contínua de que os homens deixem de ofender a Deus e O passem a amar como Seu Criador e Salvador.
Nossa Senhora tem chamado os homens para voltar ao seio da Igreja, a qual brotou do costado de Jesus Cristo aberto na cruz para nos redimir da escravidão de Satanás e dos nossos pecados. Maria fala dos tesouros que a Igreja tem: são os Sacramentos, por meio dos quais chega até nós a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo; e insiste principalmente em que recorramos ao Sacramento da Confissão, onde recebemos o perdão dos nossos pecados —se verdadeiramente arrependidos e com verdadeiro propósito de emenda—, e ao Sacramento da Eucaristia, onde recebemos não só a graça de Cristo, mas a Cristo mesmo, presente em Corpo, Sangue, Alma e Divindade nas espécies eucarísticas (no “pão” e no “vinho”).
Nossa Senhora, nas suas aparições, mantém sempre este registo doutrinal e catequético, o qual não é mais que um recordar amoroso e preocupado da amabilíssima Mãe de Deus daquelas verdades que o Seu Filho adorável nos revelou e que foram postas por escrito pelos Apóstolos nos Santos Evangelhos, e que a Igreja sempre ensinou.


... que guia a Igreja do Seu Filho durante a
Grande Tribulação do “Fim do Tempo”...

Por outro lado, nos últimos 150 anos, Maria Santíssima tem insistido de uma maneira especialíssima e fora do comum naquela parte (certamente mais esquecida) da Divina Revelação que é a apocalíptica ou, como lhe chamam os teólogos e os doutores, a escatologia. A escatologia é o ramo da teologia que estuda aquelas verdades da Fé que se referem ao fim da historia e à vitória definitiva de Jesus Cristo sobre o mal, aquando da Sua Última Vinda, na qual julgará os vivos e os mortos e instaurará o Seu Reino eterno: serão os novos céus e a nova terra; terá lugar a ressurreição da carne e dará aos salvados o dom da vida eterna.
A este respeito mencionamos algumas Aparições marianas com singular relevância. Podemos considerar como emblemática a Aparição de La Salette (França, 1846), na qual Nossa Senhora fala à humanidade por meio dos pequenos pastores Melanie Calvat e Maximin Giraud. Ali, Maria começa (para não mais parar) a falar sobre os acontecimentos que devem ter lugar no “fim do tempo” (o tempo que precede a Vinda de Nosso Senhor), explicando em definitiva aquelas verdades que nos foram reveladas pela própria boca de Nosso Senhor, e escritas no santo Evangelho, bem como no Apocalipse de São João.
Dignas de menção são também várias revelações, que precedem o ano de 1846, a vários místicos (beatificados ou canonizados), entre eles a Beata Elisabetta Canori Mora (Itália, 1774-1825) e a Beata Ana Catarina Emmerich (Alemanha, 1774-1824), ambas beatificadas pelo Papa São João Paulo II, e por meio das quais Nosso Senhor Jesus Cristo falou à Igreja sobre os eventos que terão lugar no “fim do tempo”.
Em 1903, o Papa São Pio X, começando a ver a “grande apostasia” em acto (profetizada por São Paulo aos Tessalonicenses, como prelúdio da última vinda de Cristo), afirma, na primeira encíclica do seu papado, E supremis, haver razões suficientes para afirmar que estejam a começar os males anunciados para os últimos dias. Chega inclusivamente a perguntar-se se não caminhará já na Terra o “Filho da Perdição”, que é o nome que São Paulo (2 Tes 2,3) dá ao Anticristo.
Em 1917 Nossa Senhora aparece em Fátima a Jacinta, Francisco e Lúcia. Ali a Mãe de Deus adverte que se o homem não se converte, estalará uma guerra pior que a Primeira Guerra Mundial. O pedido de Nossa Senhora é ignorado, o homem cada vez se afasta mais de Deus e, 22 anos depois, começa o flagelo da Segunda Guerra Mundial. Nossa Senhora pediu ainda a Consagração da Rússia ao seu Imaculado Coração, com o fim de evitar a propagação dos erros da ideologia marxista ateia pelo mundo. É a mesma Nossa Senhora que mais tarde dirá à Irmã Lúcia que a consagração será feita, mas que será tarde demais[1]. A Virgem Maria anunciou ainda a punição da humanidade pelos seus muitos pecados por meio da fome e de perseguições à Igreja e ao Santo Padre.
Em 1973, Nossa Senhora apareceu no Japão, em Akita, à Irmã Agnes Sasagawa onde, em três brevíssimas mensagens, fala do terrível castigo que a ira de Deus Pai está a preparar para infligir à humanidade; um castigo maior que o dilúvio: “fogo cairá do céu e destruirá uma grande parte da humanidade”. A Virgem Maria adverte que “a obra do Diabo infiltrar-se-á até na Igreja” de tal modo que veremos “cardeais contra cardeais, bispos contra bispos”. Como em Fátima, Nossa Senhora, pede oração, penitência e sacrifícios generosos, para suavizar a ira do Pai.
Entre os anos 1973 e 1997 temos as locuções que o Pe. Stefano Gobbi recebeu de Maria Santíssima, onde Nossa Senhora continuou a desvelar o sentido enigmático de várias passagens do livro do Apocalipse e daquelas passagens que, ora na boca de Jesus, ora na boca dos Apóstolos São Pedro, São João e São Paulo, e estudadas ao longo dos séculos pelos Padres e Doutores da Igreja, permaneciam ainda baixo o véu do enigma. Assim, na sua última mensagem, no dia 31 de Dezembro de 1997, depois de 605 mensagens, Nossa Senhora afirma num tom solene: «Tudo vos foi revelado».
Em 1981, Nossa Senhora apareceu no Ruanda, na cidade de Kibeho, a três jovens de nome Alphonsine Mumureke, Nathalie Mukamazimpaka, e Marie Claire Mukangango. Mais uma vez Maria Santíssima descreve o mundo como em estado de “revolta contra Deus” e diz que “está à beira da catástrofe”. Nossa Senhora avisou que se a população do Ruanda não se convertesse um “rio de sangue” haveria de correr pela nação. Doze anos depois, teve lugar o terrível genocídio: 800.000 mortos durante os 100 dias do genocídio, e estima-se que 250.000 mulheres tenham sido violadas durante o mesmo período.
Foi também em 1981 que começaram as Aparições de Nossa Senhora em El Escorial (Madrid, Espanha), que viriam a terminar em 2002. Na mesma altura —ano de 1981— começaram ainda as aparições em Medjugorje (Bósnia e Herzegovina), que duram até hoje.


... até à Vitoria Final de Jesus Cristo.

Se Maria Santíssima, nestes últimos 150 anos, tem vindo a preparar a Igreja para o “fim do tempo”, ou seja, para a batalha final entre Satanás (e os seus sequazes) e Deus (e o seu povo santo), também é verdade que Ela nunca deixou de anunciar o resultado de dita batalha:
— La Salette, 1846: «Então a água e o fogo purificarão a Terra e consumirão todas as obras do orgulho dos homens, e tudo será renovado. Deus será servido e glorificado».
— Fátima, 13 de Julho de 1917: «Por fim o Meu Imaculado Coração triunfará».
— Akita, 1973: «Aqueles que põem a sua confiança em Mim serão salvos».
— P. Stefano Gobbi, 31 de Dezembro de 1997: «Por fim o meu Imaculado Coração triunfará. Isso acontecerá no maior triunfo de Jesus, que trará para o mundo o seu glorioso reino de amor, de justiça e de paz e fará novas todas as coisas. Abri os corações à esperança. Escancarai as portas a Cristo que vem a vós na glória. Vivei a trépida hora deste segundo Advento. Tornai-vos, assim, os corajosos anunciadores deste meu triunfo, porque vós, pequenas crianças consagradas a Mim, que viveis do meu próprio espírito, sois os Apóstolos destes últimos tempos. Vivei como fiéis discípulos de Jesus, no desprezo do mundo e de vós mesmos, na pobreza, na humildade, no silêncio, na oração, na mortificação, na caridade e na união com Deus; enquanto sois desconhecidos e desprezados pelo mundo».
— El Escorial, 5 de Setembro de 1987: «Por mim, minha filha, formou-se a Igreja na Terra. E por mim, minha filha, virá o Paraíso».







[1] Memórias da irmã Lúcia I, Secretariado dos Pastorinhos, Fátima–Portugal, pp.195-196.



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